A linguagem e sua origem
Muitas são as discussões para o entendimento da origem da linguagem ao longo da história humana, e não poderia ser diferente para um assunto tão complexo e intrigante como este. Apesar de todo o esforço investido neste sentido e do grande aparato tecnológico que hoje dispomos para as pesquisas na busca de alguma comprovação veemente através de fatos demonstráveis, a conclusão mais plausível que se obtém, ainda é aquela que mais se aproxima do relato bíblico para a concepção da linguagem e o seu desenvolvimento. Alguns lingüistas contemporâneos defendem que a fala é um objeto de estudo mais importante do que a escrita. Talvez porque ela seja uma característica universal dos seres humanos, e a escrita não (pois existem muitas culturas que nunca possuiram ou não possuem a escrita). O fato de as pessoas aprenderem a falar e a processar a linguagem oral mais facilmente e mais precocemente do que a linguagem escrita também é outro fator que reforça a idéia acima. Alguns (veja cientistas da cognição) acham que o cérebro tem um “módulo de linguagem” inato e que podemos obter conhecimento sobre ele estudando mais a fala que a escrita. O linguista Chomsky, por exemplo, sugere que a capacidade para produzir e estruturar frases é inata ao ser humano (isto é, é parte do patrimônio genético dos seres humanos) – a gramática universal. Não temos consciência desses princípios estruturais assim como não temos consciência da maioria das nossas outras propriedades biológicas e cognitivas. Contanto elas existem. Abordagem bíblica para a linguagem humana Definição de linguagem: (subst.) [Lat. Língua, a língua, e fala] 1. A fala humana; a expressão de idéias por palavras ou significativos sons articulados, para a comunicação de pensamentos. A linguagem consiste na elocução de sons, cuja utilização tornou representantes de idéias. 2. Palavras devidamente organizadas em sentenças escritas, impressas ou gravadas, e exposta à visão. 3. O discurso ou expressões de idéias peculiar a uma nação em particular. Originalmente os seres humanos tinham uma só linguagem, mas as tribos ou famílias dos homens, a partir de sua dispersão, tem línguas distintas. (Dicionário Webster de 1828) Os propósitos da Linguagem: -Vertical: Relacionar-se com Deus através da linguagem (impressiva e expressiva) ‘impressiva’ – ouvindo a Sua voz e lendo a Sua Palavra [ouvir e ler]; ‘expressiva’- falando com Ele em oração e escrevendo(registrando) às intenções Dele para homem [falar e escrever]; A linguagem é tanto ‘impressiva’ quanto ‘expressiva’. O modo impressivo da linguagem é a audição, leitura, pensamento e raciocínio. O modo expressivo é a fala e escrita, a comunicação de nossos pensamentos, convicções e idéias (Guia de Linguagem do Noah Plan. Rosalie Slater. p. ) -Horizontal: A comunicação entre os homens e o seu meio entendendo que os relacionamentos se dão a partir da linguagem. Essa linguagem precisa comunicar o projeto de redenção para humanidade. Através da linguagem o homem comunica a próxima geração as suas ideias, princípios e valores. Deus cria o homem para se relacionar com Ele e o dota-o com a sua imagem e semelhança. O homem possui esta grande diferença em relação aos animais. Ele foi criado para representar o próprio criador na manutenção da sua criação. Uma de suas primeiras incumbência estava relacionada a linguagem. Cabia ao homem nomear, notar a diferença e atribuir um nome (identidade sonora) que representasse cada animal. Podemos perceber que a linguagem não é resultado de uma evolução, mas sim um dom do Criador ao homem. É comum você encontrar entre os cristãos, que afirmam crer num Deus criador, porém no que diz respeito à linguagem, são capazes de adotar uma compreensão secular, como esta bem definida nas entrelinhas deste texto abaixo encontrado em muitos dos nossos livros didáticos. A maior das invenções Você já pensou como é importante saber falar? Falando, a gente pode explicar o que quer, o que pensa, o que sente. Muitos, muitos anos atrás, o bicho que foi o antepassado do homem não falava. Ele se comunicava, como os outros bichos, por gestos, por berros, por grunhidos. Não se sabe bem quando, onde ou como, esse bicho começou a se modificar. E pouco a pouco foi se tornando um animal diferente. Uma das coisas mais importantes que aconteceram com ele foi aprender a falar. O que será que as pessoas falaram primeiro? Será que foram palavras de queixa ou dor, como “Ai” e “Ui”? Ou será que foram exclamações de medo, para chamar a atenção dos outros, num momento de perigo, com “Socorro”? Será que as pessoas começaram a imitar o som das coisas? Ou ainda, será que as pessoas começaram a falar imitando os bichos? Nós nunca vamos saber disso com certeza, mas podemos afirmar que essa invenção foi um grande sucesso… (O livro das línguas, de Ruth Rocha) A descrição bíblica não atribui a Adão esta maneira de comunicação. Ele não é apresentado como um sujeito quase animalesco puxando a sua companheira pelo cabelo e grunhindo como animal alguns “uga, uga!” Primeiramente Deus deu ao homem a capacidade de comunicação oral e depois coube a ele organizar e encontrar a melhor maneira para registrar isto. A gramática da língua é uma construção humana desenvolvida pela sua capacidade inata predisposta no cérebro humano, porém a linguagem, indiscutivelmente é um presente de Deus. (aquilo que alguns linguistas denominam de um acidente na história humana que provocou um forte salto de desenvolvimento). Bem diferente desta compreensão do texto acima, o pensamento cristão é completamente oposto a esta idéia de caos e incertezas quanto a origem da linguagem. No pensamento cristão a linguagem é um dom de Deus. Existem duas grandes abordagens para a aquisição da linguagem: a empirista e a racionalista. Observando os seus argumentos, podemos concluir que a mais afinada com uma visão bíblica é a racionalista (inatismo). Este fato também está alinhado aos atuais estudos em lingüística em busca de identificar a origem de um idioma A origem da linguagem – fundamentação – A linguagem começou na eternidade com Deus (João 1:1 ; Hb 1:3 ; 11:3) – A